ÁRVORE DA HUMANIDADE
Árvore da humanidade
Fechou o sinal
Em um semáforo da Central
Vejam que cena legal:
Um pequeno e tenro artista
Com cinco bolas em cor
Tenta encantar com fervor
A atenção de um turista
Que olha sem interesse
Aquela arte circense
Que julga tão vulgar
Ele beira os quatro anos
Mal saído dos panos
A escola não o acolheu
Mas podia ser pior
Cabisbaixo penso eu
E toda aceitação
É o preço da prisão
Para se ter liberdade
De viver diariamente
Se fazendo de contente
Pra alegrar visitante
Estrangeiro da cidade
Quando crescer vai ser gente
O que será daqui pra frente
Para o bem da sociedade
Por enquanto é criança
Uma semente
Um fruto
De qualquer ventre
Da árvore da humanidade
Carlinhos Real