Iniquidade

Trovões rasgam a noite maldita

Vampiros sugam o sangue da inocência,

Farrapos humanos bebem da indecência

Em conchavos lúgubres da região cosmopolita.

Moedas sujas rolam pelas praças enlameadas

Em dantescos pagamentos à vil prestação de serviço,

Frívola satisfação que acalenta o espocar dos viços

Que enfermam a saúde das madrugadas.

Arrolam-se sentimentos que sobrevivem da hipocrisia

Na bastarda concepção de uma realidade que é fantasia

E que dorme alucinógena no painel dos prazeres...

No perfil dos andarilhos há uma fisiologia demente

Escamoteada pela sensação de transgênicas sementes

Que encontram no sexo o amplexo imortal dos seres!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 24/04/2012
Código do texto: T3631404
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