Não Falo das Flores
Não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo dos temores da vil censura maior vilão, quiçá das torturas silenciando gritos não vãos, dos conluios às escuras traçando os esquemas da castração, da igreja que apoia atos abusivos e a dura prisão,do clero omisso, dos conservadores entretidos com o sangue que verte ao aroma dos nãos;
Não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo dos fuzis mesclados aos tantos ares da insatisfação, das covas rasas, das torturas perpetradas ao vago pretexto da insoburdinação, da dissimulação que deturpa, do pau de arara, dos eletro choques, dos cidadãos em chagas cruas transformados da noite para o dia em perseguidos vilãos;
Não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo das canções silenciadas, das estrofes destroçadas, dos violões mudos, das encenações em sujos porões, dos artistas enjaulados, humilhados, das músicas em notas falsas, dos acordes pré ajustados, dos teatros em céu aberto espetáculos da indignação;
Não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo dos insanos com seus deboches despistando a proibição, falo da anistia, falo dos combatidos, dos que sobraram erguidos proclamando a libertação, falo dos rubros escondidos vagando às pressas enfrentando a opressão, falo das mães que ainda rezam pelos filhos que outrora pregaram a união;
Para não dizer que não falei das flores, em versos dispersos, mesmo que despedaçadas elas alí estão,em poética pétala a pétala remontadas cultivadas e regadas proclamando a rebelião, estas estrofes singelas nos remetem à constatação, de que as flores impávidas, mesmo que algures torturadas enfrentam o canhão, não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo por aqueles que não mais falam, sepultados ou não.
Não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo dos temores da vil censura maior vilão, quiçá das torturas silenciando gritos não vãos, dos conluios às escuras traçando os esquemas da castração, da igreja que apoia atos abusivos e a dura prisão,do clero omisso, dos conservadores entretidos com o sangue que verte ao aroma dos nãos;
Não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo dos fuzis mesclados aos tantos ares da insatisfação, das covas rasas, das torturas perpetradas ao vago pretexto da insoburdinação, da dissimulação que deturpa, do pau de arara, dos eletro choques, dos cidadãos em chagas cruas transformados da noite para o dia em perseguidos vilãos;
Não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo das canções silenciadas, das estrofes destroçadas, dos violões mudos, das encenações em sujos porões, dos artistas enjaulados, humilhados, das músicas em notas falsas, dos acordes pré ajustados, dos teatros em céu aberto espetáculos da indignação;
Não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo dos insanos com seus deboches despistando a proibição, falo da anistia, falo dos combatidos, dos que sobraram erguidos proclamando a libertação, falo dos rubros escondidos vagando às pressas enfrentando a opressão, falo das mães que ainda rezam pelos filhos que outrora pregaram a união;
Para não dizer que não falei das flores, em versos dispersos, mesmo que despedaçadas elas alí estão,em poética pétala a pétala remontadas cultivadas e regadas proclamando a rebelião, estas estrofes singelas nos remetem à constatação, de que as flores impávidas, mesmo que algures torturadas enfrentam o canhão, não falo das flores despedaçadas nas várias mãos, falo por aqueles que não mais falam, sepultados ou não.