BASTA
(Regilene Rodrigues Neves)
Sinto o cheiro das matas agonizando na poluição
O oxigênio perdido... Nas árvores tombadas
Pela ambição do homem
Poluindo de ganância nossas vidas!
Os rios carregando lixos jogados em próprias mãos
O lamento da natureza ecoa na humanidade
Implora por BASTA antes que morra o planeta
E nossos netos feneçam inocentes
No que seus pais plantaram na ignorância e soberba
Inocentes pagando por nossos erros
Viciados da matéria vil que apodrece dia a dia o espírito
O homem não enxerga mais o semelhante
Vivemos o apocalipse perdemos a direção...
O amor desencontra o coração
E a emoção é fria não chega aos sentimentos
Que choram lágrimas e lagrimas de desilusão!
Alimentamos invejas, egoísmos, ignorâncias,
Flagelamos a alma da escória do mal
O Eu é maior que o porvir
O futuro escorre pelos vãos dos dedos
Na carnificina do século!
Choramos nossos anseios
Enquanto plantamos sementes ruins
Suplantadas de materialidade dos nossos infortúnios...
Gritamos sentimentos
Que não construímos na hereditariedade
Pagamos o preço alto do que plantamos
Colhemos nossas ganâncias ao longo do caminho...
Vidas se esvaíram no vazio dos sentimentos
Catástrofes, misérias, marginalidades, guerras...
Fazem escombros pelos caminhos do homem...
O amor cada vez mais distante
Vítima das mentiras e falsidades
O medo apavora...Bebemos o cálice de sangue
Servido em conseqüências dos nossos atos.
Basta!
Vamos dar as mãos num grito poético
Alimentado com a força da alma
Capaz de mover montanhas e mudar destinos
Traçando uma nova direção em mãos de amor!
Plantando e regando uma nova semente
Para que a humanidade recupere e fortaleça
O coração da mãe natureza!
Em 28/01/2007