Escrito por uma morta
Sempre achei,
Que morreria devagar,
Lentamente,
À pagar meus pecados.
Sempre achei,
Que contato não teria,
Mas aqui estou eu,
À escrever.
Sim é verdade,
Estas linhas,
Aqui preenchidas,
São escritas por uma morta.
Morri,
A sociedade me matou,
Seus padrões eram de mais,
Magra e faminta foi assim.
Bulimia e drogas,
Remédios entupiam-me,
Minhas veias eram tubos,
E meu sangue soro.
Morri,
Pois não era feliz,
Comigo mesma,
Culpa da sociedade.
Sociedade está,
Que impõe padrões,
Dita a moda,
Dita as regras.