Delirium tremens

“All black…

All black in your life”

Modernismo pueril

Objeto cortante

Contra luz, contos de fada,

Tristeza elegante,

Um sorriso bonito

No rosto de uma pessoa distante.

Somos conduzidos por um sistema ignorante

Subterfúgio de uma elite dominante

Somos condicionados, todo o tempo, por falsos retratos

Pensamentos elaborados distorcem a realidade

Criando sub-realidades veladas

No mundo atual preenchido por dor e agonia,

Não existe espaço para uma bela poesia.

Delirium tremens

Delirium tremens

O diário de campo de um ator social

Transforma-se, às vezes, em noticia no jornal

Estamos sozinhos, cara a cara, com o inimigo

O chapéu cheio de moedas

Restos, sobras, cinzas,

A teoria estabelece estatística para o sofrimento.

João agora está sem personalidade

João agora é apenas um número

João tem medo e fome.

Na miséria alheia não há como inserir dignidade

O tecido social parece ter sofrido gangrena

Cada célula, que deveria formar um todo organizado,

Adoeceu, sucumbiu, agonizou e morreu.

David dos Santos
Enviado por David dos Santos em 15/04/2012
Reeditado em 15/04/2012
Código do texto: T3614243
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