Desconstrução

Eu escrevo para me libertar

Escrevo versos e poesias

Há tantos por aí

Vivendo ainda primitivos

Antropólogos dizem:

“Veja a beleza da favela!”

Esse romantismo perigoso

Tortura crianças diariamente

Liberte seu inconsciente

Mesmo que seja lentamente

Solte suas amarras

E que os nós sociais

Sejam apenas pequenos problemas

Em face de um universo autoconsciente

Nós radicalizamos tanto

Acreditamos mesmo em Nietzsche

Hitler também o contemplou

E foi quando a razão entrou em crise

Ou foi a crise da razão

Quando deixamos de ser humanos

Quando o amor partiu e nos deixou

Ou nós deixamos o amor se ir

Rastejando pelas ruas

Da nossa história, fantasia

Ficamos esperando a chuva prometida

Enquanto isso,

O mundo se modificou

E um certo Marx até tentou

Nos alertar do que viria

Mas comovente foi

A teimosia dessa gente

Em insistir com idéias vazias

Tirando “sempre” dos “mais pobres”

E dando “sempre” aos “mais ricos”

Essa lógica por si só não se justifica

Apenas para as pessoas

Que sofrem de alguma patologia.

David dos Santos
Enviado por David dos Santos em 11/04/2012
Código do texto: T3607373
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