MARQUIZES
Na cabeça da cidade
Habitam os senhores
Com seus ideais macabros
Sedentos pelo poder e
Acéfalos de pudor moral
No corpo da cidade
Concentram-se as mazelas
E os genes da maldade
Proliferam dentro delas
Em seus membros de concreto
O sangue escorre farto
Irriga a pele suporta a dor
E as intempéries
Como se fosse um camaleão
Usando o poder do seu mimetismo
Aderindo as marquises
Desaparecem na escuridão.