ESQUECIMENTO
Durval Carvalhal
Esqueci de esquecer
Que não se pode dizer
Nada sobre os fatos
Daqui do sertão.
II
Que não para de chover,
Quando para é pra valer
E o homem do mato
Implora proteção.
III
Mas como vou poder
Plantar para comer
Se este é o retrato
Deste meu serão?
IV
A manhã é doce e fresca,
A tarde é rubra e quente
E a noite é a justiça
Que iguala os vários homens,
Apagando as diferenças
Que o dia, solene, aviva...
Durval Carvalhal
Durval Carvalhal
Esqueci de esquecer
Que não se pode dizer
Nada sobre os fatos
Daqui do sertão.
II
Que não para de chover,
Quando para é pra valer
E o homem do mato
Implora proteção.
III
Mas como vou poder
Plantar para comer
Se este é o retrato
Deste meu serão?
IV
A manhã é doce e fresca,
A tarde é rubra e quente
E a noite é a justiça
Que iguala os vários homens,
Apagando as diferenças
Que o dia, solene, aviva...
Durval Carvalhal