ESQUECIMENTO

     Durval Carvalhal




Esqueci de esquecer
Que não se pode dizer
Nada sobre os fatos
Daqui do sertão.

II

Que não para de chover,
Quando para é pra valer
E o homem do mato
Implora proteção.

III

Mas como vou poder
Plantar para comer
Se este é o retrato
Deste meu serão?

IV


A manhã é doce e fresca,
A tarde é rubra e quente
E a noite é a justiça
Que iguala os vários homens,
Apagando as diferenças
Que o dia, solene, aviva...

Durval Carvalhal



Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 11/04/2012
Reeditado em 21/07/2012
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