BATALHA
Cadê minha luta armada?
Ora! Pois que nada chega
Aos olhos esbugalhados na manhã.
Chega o tilintar aos tímpanos
Enfurecidos e preguiçosamente
Atentos.
Qual brasão cobre a minha pele?
Ressecada... Em escamas latejantes,
Cai o suor frio. O orvalho
Da manhã calada e aberta.
A menina chora e abraça
A boneca gelada e nua.
Os passos lentos conduzem
Ao fim da rua tristonha.
O cachorro lambe o meu passar
Com os seus olhos de vidro,
Tão carentes, como que pedindo
Um afago.
Levo nas mãos adormecidas
Um remorso de saudade
E um abrigo de tempo
Que faça com que o dia passe logo.