CONTRASTES!...
Tantos sábios, que se perdem...
Com a própria sabedoria!..
Tantos "juízes" julgando,
com tanta supremacia!...
com tanta supremacia!...
Tanto luxo!... E desperdício...
Tantos murmúrios sem causas!...
Tantas dores que são mudas!...
Porque foram amordaçadas...
Pela própria intensidade.
Terra que sustenta os homens!...
Terra que tudo nos dá...
Por que alguns, em ti procuram...
E nunca conseguem achar?!
Voltou sem nada colher!...
Também sem nada levar!...
Mas isso não interessa!...
A quem nunca lhe faltou...
Quem pode entender de fome...
Se fome, nunca passou?!
Quem pode ler este olhar!...
Fitando o extenso vazio
Olhando esta cova rasa
Se perguntando em que dia
Alguém a estará levando
À mesma cova tão rasa
Sem lágrimas e sem medidas.
E estes seios que não foram!...
Cheios... O suficiente!...
Para evitar que esta fome...
Vitimasse este inocente?!
Contraste!... O teu nome é feio!...
Porque revelas extremos:
Uns reclamam sem motivos!...
Outros calam porque a dor...
De tão grande emudeceu
Até mesmo os sentimentos.