Cabaré Brazil
Classifico tudo como um grande puteiro. Onde os estados e estatais são quartos, mantidos por cafetões turbinados. Estamos loteados, cansei de gritar no vácuo. Bater de frente é ser tido como maluco, démodé ou coisa que o valha. Mesmo talvez me aposentando, nada conseguirá aprisionar o meu pensamento. Pois, ao invés de grilhões, prefiro as gargantilhas, pois estas são ornatos.
Pensei em escrever essa merda toda no momento em que o mar mirava. Vendo sua grandeza constatei, o brado tá ensudercido. Não sei, se pela cacofonia que tentam me empurrar por ouvidos e goela. Mas, se até na França, tido primeiro mundo. A revolução se deu sob a égide da burguesia que usou o povo, oprimido por oligárquico Luís. Como esperar então, que aqui; no terceiro mundinho se tencione algo além da letárgica inoperância que nos rege? Se na verdade, não nos dão tempo para raciocínio; diante da enxurrada de escândalos?
Brasil se escreve com Z, pois zebrada é a manta que nos cobre. Camuflagem ineficaz, diante de desértica paisagem de valores e status quo. P.O.R.R.A. acabei de me indagar o motivo de escrever estas coisas. Será para abrandar o meu conformismo? Será para questionar-me se estou atuando eficazmente? Ou em última instância, será para me dar um alento esquizofrênico de estar fazendo a minha parte?
Prefiro seguir o modelo socrático, baseado nas indagações que fortalecem a crítica elucidativa. Pois são estas, ferramentas que abrandam as abrasividades que no assam em fogo não tão brando... Merda !
Vivemos um clima sedados. Acordemos, a varrê-los à puta que os pariu
A luta é por demais espinhosa. Afinal, para eles isso aqui é o “Braziu”
País portentoso e continental. Pátria honrosa não tropeçará na esteira
Pois sempre te seguirei, ó Mãe. Louvando as miríades da tua bandeira
Os filhos teus não fogem a luta. Mesmo confrontando a adversidade
Sabemos contudo grande Mater. Amá-la não se aprende em universidade
Ao som de Que País é Esse e Faroeste Caboclo...