Cuidado Zé!
Zé do povo, me escute, pense bem,
Se é coerente, uma grita como essa;
Elegestes o Aquilino porque fala bem,
Estás “P” da vida, te passou a conversa...
Se você pleiteia um mísero trabalho,
Demandam currículo, histórico, fatos;
Esses párias da casa do “carvalho”,
Disfarçam de lebres, seus negros gatos.
Mas você os compra, alheio, sonolento,
Ignora a floresta d’onde o lobo veio;
Disperso consome seu pastel de vento,
E ainda elogia ao sabor do “recheio”.
Eles dizem bem alto que você governa,
Ao poder escolher quem chuta teu saco;
Te estimulam correr e passam a perna,
Para vender sua pomada e esparadrapo.
Teu voto ainda virgem, não embarga,
O risco que alente a mais nova bucha;
A água que limpa na caixa de descarga,
Transporta merda depois que se puxa.
Bem sei Zé, que você não tem escolha,
Até um limpo, entra na pocilga se suja;
Só não tenha por balão, a efêmera bolha,
E quando vierem te “ajudar” salve-se, fuja...