COISAS QUENTES

...

Estão

Assim dispostos

Como se nos balcões

"Arrumados" à quentura de qualquer das edições

São torresmos que acompanharão rabos-de-galo:

É pra quem passa rápido com muita fome...

Ao consumidor comum,

Ao “sofredor” que fuma um,

Ao trabalhador,

Ao "um sete um",

Ao "sujeito homem";

Ao otário,

Ao viciado,

Ao Vagabundo,

Ao bunda mole,

Ao respeitado!

Do doutor bem-sucedido...

Ao maior dos desgraçados fodidos!

Todos se acotovelando no recinto lotado

São morfemas, lexemas,

Alomorfes, alofones...

"Cu-de-burro", “Sujeito-hômi”

Agiota, Devedor,

No interior de um dos Metapoemas...

Esse vai àqueles que eu vi tomando um quente

Ao lado da estufa ainda mais quente!?

Quase que expelidos de tanta quentura...

...

Às palavras de igual poema e/ou folhetim

Retrato quente da vida dura da gente,

Diretamente,

Daquele nosso botequim!

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 27/03/2012
Reeditado em 27/03/2012
Código do texto: T3578823
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