DE REPENTE...
DE REPENTE...
De repente você apareceu na minha vida
Deixou-me iludida, num beco sem saída.
Fugiu de mim como o diabo da cruz
Enquanto isso eu esperava dar a luz
Nasceu nosso meninão
Te procurei... em vão.
Grande foi minha dor
Você me deixou cheia de amor
De repente, nosso menino cresce
Minha lágrima de dor desce
Menino sem pai, virou homem só
Criei-o sozinha, sempre com dó
Amor apenas maternal
Prejudicou-o, tornou-se um homem mau
Fiz de tudo, dei amor e carinho
Mas ele escolheu outro caminho.
Morou em motéis
Freqüentou bordeis
Emprego não encontrou
Namorada firme, nunca se interessou!
Anda por aí, nos bares
Também destruindo lares
Eu, pobre mãe, triste
É como se tivesse um filho que não existe
De repente a sua volta me pega novamente de surpresa
Estou velha, enrugada, com muita tristeza
Procuro nosso filho, tentando faze-lo te conhecer,
Mas ele também foge, de você não quer saber
Temos netos lindos, mas, ai!
Também não conhecem o pai.
Kátia Susana Perujo.