Trocando de Lugar
Já pensou como seria estranho imaginar?
O homem de lugar com os animais trocar
Seria algo bizarro de se inventar
Mas o que, de aprendizado poderíamos levar?
Imagine!
As aranhas tecendo as teias
Da sociedade
Que ao contrário das suas, são feias
Cheias de maldade
Os esquilos trocando
Nozes por bens materiais
Vá focando
Em toda falta de paz
Macacos impedindo
Outros animais de pensar
E só eles curtindo
Vendo o povo se calar
Burros trabalhando
Acham que estão ganhando
Mas quem lucra é o patrão
Burro só leva sermão
Leões roubando, pisando na população
Mas serão reeleitos, pelo povo, sem educação
Pássaros sendo presos por se expressar
É, meu irmão, aqui só pode se apressar
Porcos comendo, dormindo
Vendo tevê também
E quando chega o domingo
A cachaça lhes cai bem
E as hienas escrotas
Que não são poucas
Ririam da situação
Já podem comer, dos vivos, um fedido coração
Colmeias e formigueiros seriam dizimados
Abelhas e formigas, todos das tribos humilhados
Por outros insetos iguais
Só com ferrões mais vis
Que tiram até dos próprios a paz
Se prendendo em covis
Nas ex-tribos, indústrias
Todas elas, injustas
Poluindo o mundo
E chamando quem tá fora de vagabundo
Toda essa merda refletida
Num olho cheio de ferida
De um homem impaciente
Esperando a extinção da desgraçada raça “Gente”.