Trocando de Lugar

Já pensou como seria estranho imaginar?

O homem de lugar com os animais trocar

Seria algo bizarro de se inventar

Mas o que, de aprendizado poderíamos levar?

Imagine!

As aranhas tecendo as teias

Da sociedade

Que ao contrário das suas, são feias

Cheias de maldade

Os esquilos trocando

Nozes por bens materiais

Vá focando

Em toda falta de paz

Macacos impedindo

Outros animais de pensar

E só eles curtindo

Vendo o povo se calar

Burros trabalhando

Acham que estão ganhando

Mas quem lucra é o patrão

Burro só leva sermão

Leões roubando, pisando na população

Mas serão reeleitos, pelo povo, sem educação

Pássaros sendo presos por se expressar

É, meu irmão, aqui só pode se apressar

Porcos comendo, dormindo

Vendo tevê também

E quando chega o domingo

A cachaça lhes cai bem

E as hienas escrotas

Que não são poucas

Ririam da situação

Já podem comer, dos vivos, um fedido coração

Colmeias e formigueiros seriam dizimados

Abelhas e formigas, todos das tribos humilhados

Por outros insetos iguais

Só com ferrões mais vis

Que tiram até dos próprios a paz

Se prendendo em covis

Nas ex-tribos, indústrias

Todas elas, injustas

Poluindo o mundo

E chamando quem tá fora de vagabundo

Toda essa merda refletida

Num olho cheio de ferida

De um homem impaciente

Esperando a extinção da desgraçada raça “Gente”.

Majella Fraga
Enviado por Majella Fraga em 26/03/2012
Reeditado em 14/01/2014
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