POR FIM, O MEL
Pinturas surgem não definidas
E a vida dá seus passos ao firmamento
É o começo, talvez o fim da vida pré-vida
O surgimento que vigora dentro do espaço-tempo
Cinzas caem de fronte à minha sacada
Vejo duas paisagens sob o sol já de partida
De um lado farturas não suaves
Do outro, ausências tão sentidas
É o tempo atento, mas, nem tudo cura
Quem vive á beira da contínua loucura
Quem tem na fome seu carrasco cruel
Enquanto alguns reclamam maldizendo a sorte
Outros veem chegada à hora das suas mortes
E a este único instante, aos teus lábios o sabor do mel.