"I- Político Pilantra"

I- Político pilantra

“No meio das pedras de latentes fervores,

Cercada de restos – coberto de tumores,

Alteiam-se prédios da moderna nação;

São muitos seus genitores, por Âmagos fortes,

Temíveis na terra, que em ofensas e desordens

Assombram as vidas da imensa nação.

São corruptos, gatunos, sedentos de glória,

Já ímpios propagam, já cantam vitória,

Já leigos Picaretas, marreteiros decadentes!

Seu nome lá ecoa na boca dos meliantes,

Montão de presídios, de deputados e senadores.

Meu canto de morte,

Marreteiros! Ouvi:

Sou filha da guerra,

Nas guerras cresci,

Marreteiros, fedendo

De mente torpe!

Do partido tratante,

Que sempre andou errante,

Por destino incessante,

Marreteiros! Nasci:

Sou brava, sou forte

Sou filha da sorte

Meu canto de “VOTE”

Marreteiros! Ouvi.

AF

(Uma tentativa de parodiar Gonçalves Dias em I- Juca Pirama)