Teatro de máscaras
É, pois, apenas o que quero: a realidade, nua e crua.
Que as máscaras caiam e que esses, rotulados "seres humanos" se deixem mostrar como são, em sentido pleno.
Não quero ver só o lado ruim, ou lado belo, quero ver por todos os ângulos, cada elemento que realmente forma o caráter obscurecido e aveludado de tantas facetas surreais, sociais, econômicas e por aí vai...
Chega da arte de fingir!
Quero, apenas quero, a arte das pessoas serem elas mesmas. Para que se deixem conhecer, não em partes, mas no todo.
Porque só conhecemos das pessoas aquilo que elas querem nos mostrar, como se a vida fosse um eterno espetáculo teatral, onde os atores apenas cumprem seu papel, esperando ao final, obter os aplausos calorosos do público que os assiste.
Todavia, mesmo que alguns desconheçam, antes mesmo do baixar das cortinas, ao findar do último ato, todas as máscaras vêm ao chão, deste teatro chamado vida.
E neste momento fatídico, só resta uma dúvida a sanar: onde esconder a vergonha?