Oh!, funesto erro..., por que fazes ver ao espírito crédulo dos homens coisas que não são?” SHAKESPEARE - Julio César.
LIBELO
Arguido o delito
Fugiu ao inquérito.
À insustentabilidade do fato
Desarticulou-se a denúncia,
Negou-se o ato.
Proferida a impronúncia,
Bateu o Juiz o martelo.
Extinguiu-se com os autos, peremptório,
O incauto libelo
Acusatório.
(Hermílio)
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Por aqui alguns usam e abusam de metáforas, ora para estilizar a poesia, ora com acidez, para hostilizar alguém. Então, este poema é uma metáfora que vai da interpretação literal à extensiva. Uma acusação sem prova é "um tiro no próprio pé", "saindo pela culatra" ou também, como diz meu pai citando Geraldo Vandré: "É a volta do cipó de arueira no lombo de quem mandou dar."