Meu Sangue
O povo quer ver sangue
O povo quer meu sangue
Vermelho escorrendo
Nas ruas para o esgoto.
Tal como viram Cristo
Com seu sangue jorrando
No tronco, nas ruas,
Na cruz gota por gota.
Jesus filho de Deus
Morreu por desgraçados
Que não merecem nada
Que venha do senhor.
Que querem ver meu corpo
Se esvaindo em sangue
Porem eu não sou Cristo
Não tenho tanto amor.
Não merecem Deus,
Não merecem Cristo
Também não me merecem
Não merecem nada.
E vivem reclamando
Das coisas que possuem
As quais sem merecer
Foram-lhes dadas.
Oh povo ingrato,
Ingrato é o povo que vive aqui nesta terra;
Oh povo irônico,
Que se deliciam com os males que trazem as guerras;
Sei o que querem,
Desejam ver sangue, desejam ver morte, desejam ver dor;
Mas não sou Cristo,
Eu não sei amar a vocês da maneira que Ele os amou;
Povo ingrato, povo irônico,
Se afastem do mal, deixem o mal, saiam do mal;
Povo tolo, povo hipócrita,
Dar-se-ão mal, se darão mal, se darão mal.