A mata chora
A mata chora
O sol declinava no horizonte...
na mata, a noite chega, está sombria;
no alto céu, bem além, muito distante,
brilham estrelas, e a lua nova aparecia.
Move-se o vento arrojado, triunfante,
passeia altivo, pois está muito contente,
açoita folhas, e arvoredos verdejantes,
balança todo componente do ambiente.
Nas matas virgens ou nas matas imbricadas,
vivem os seres, alinhados em cadeia,
são tantas vidas, quase nunca respeitadas,
são energias, transferidas numa teia.
E eis que surgem, o verdugo e o perigo
numa espreita de tocaia assassina;
são caçadores, desalmados inimigos,
destruidores de animais e de abrigo.
E chora a mata, chora toda a Natureza
e nesse pranto desolado, atormentado,
choram seus filhos envolvidos na tristeza,
vendo um futuro de horror delineado.
Claudenice Rosário