Mar de sociedade

Oh mar! Como és mutável!

Suas águas já foram lágrimas,

agora são do álcool inevitável.

Antes de começar, veja bem,

são por meus olhos que veem

e teus olhos que leem

que verás a minha possível contradição.

Concordo que tenho olhos,

de velho, de emoção,

e posso ver tudo isso sem ter noção.

Mas meus olhos, apáticos sempre,

deleitam o mar, a tempo em fúria,

e agora na maior de suas (ressacas).

Para que ver o bem, ou o mal,

se o que importa é o amor carnal?

Não se sente mais nada, virou fantoche,

para conseguir o desejo que desabroche.

Também não sou perfeito,

sou velho e mal feito,

mas ás vezes não entendo

alguns dos lamentos que ouço.

São obras do seu andamento

e alvo do meu julgamento.

Eduardo D
Enviado por Eduardo D em 26/02/2012
Reeditado em 27/02/2012
Código do texto: T3521560
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.