Política e Politicalha

O povo como zumbis

Já mortos em vida vejo

A sociedade levada

À cova em macabro cortejo

Os porcos fuçando as tumbas

A revirar nossos mortos

Rasgando restos de corpos

Empenhados nesse ensejo.

Estamos abandonados

Como coisas reles quaisquer

Maltratados desprezados

Esmagados pelos pés

Daqueles que em outrora

Juraram nos proteger

Agora nos fazem gemer

Tal como as pobre ralés.

Vocês que a nós prometeram

Justiça e vida melhor

Não possuem consciência

Não tem clemência nem dó

Do pobre que sempre sofre

E morre neste país

Do pobre e infeliz

Que pra vocês é só pó.

Eu nunca cri nem gostei

Das suas demagogias

Falam bonito eu sei

São cheios de filosofia

Usando palavras belas

Enganam e iludem o povo

Causam tamanho estorvo

À vida dão pouca valia.

Temos ainda a esperança

Que um dia esses covardes

Pra pagar pelos crimes

Vão pra detrás de uma grade

E sintam também a aflição

Que sente o pobre coitado

Quando está trancafiado

Sem clemência nem piedade.

A justiça aqui da terra

É suja, falha, corrupta

Nossa carta magna sagrada

É tratada como uma puta

Pois quem paga faz as leis

Compra Jures e juízes

Todos ficam bem felizes

Esta é a verdade absoluta.

Precisamos de homens sério

Pra cuidar de nossa gente

Pois esses que aí estão

São piores que a serpente

Peçonhenta, venenosa

Que morde e olha morrer

Pra depois ela comer

Sua presa toda contente.

Só que as presas das serpentes

São grilos, pererecas, sapos

As vezes quando elas podem

Devoram também uns ratos

Por isso esse grupo é pior

Pois se alimentam de homens

As nossas vidas consomem

Sem cerimônia ou recato.

As minhas palavras parecem

As de um homem revoltado

Não sou, só defendo o fraco

E condeno o que é safado

As vezes com certa violência

Exponho minhas duras verdades

Alertando a sociedade

Para o povo não ser massacrado.

Aquele que ponho os olhos

Fica logo incomodado

Sabe que se vacilar

Será logo apresentado

Como sendo a besta fera

Devoradora de gente

Que rasga o povo com os dentes

Enormes e bem afiados.

Se os políticos fossem sérios

E se importassem realmente

Com a causa do meu povo

Com o bem estar dessa gente

Em meus versos só teriam

Palavras puras de amor

Rimas de infindo esplendor

Estrofes de amor crescente.

Mas como pra eles bondade

É coisa que não impera

A todos que são corruptos

Eu logo declaro guerra

Tomo posse da palavra

Exponho minha indignação

Lanço o safado no chão

Espatifando-o na terra.

Se um dia meu Deus amado

Encher-me de poder e graça

Vou lutar pelo meu povo

Vou livrá-lo da desgraça

Expulsarei os safados

Que querem somente roubar

Terei prazer em mostrar

Seus crimes em plena praça.

Quero mandar um recado

Pra vocês que aí estão

Preparem-se pois tão logo

Virá uma nova eleição

E lá também estarei

Fazendo valer o meu voto

Pois diante de tudo noto

precisa de mim minha nação.

Percebo que o meu povo

cansado de ser oprimido

Conhecendo as minhas idéias

Ao certo mim darão ouvido

Pois minha luta por progresso

É bastante conhecida

Nesta longa estrada da vida

Por todos tenho pedido.

Porem só pedir não quero

Quero conseguir fazer

Quero socorrer o pobre

Que vive somente a sofrer

Pois sou contrario a esses néscios

Que se alegram com o mal

E sentem prazer sem igual

Em ver o povo gemer.

Por isso meu povo amado

Preste bastante atenção

Afaste-se desses malditos

Que amam a corrupção

Ouçam as minhas palavras

Pois sei bem o que é sofrer

Mas juntos vamos vencer

Com a força da nossa união.

Allan Johnny
Enviado por Allan Johnny em 25/02/2012
Reeditado em 23/09/2016
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