FEUDALISMO
São os donos das terras
Os senhores feudais
Que travam suas guerras
Tão pessoais
Subjugam o povo
Humilham os pequenos
Nada fazem a menos
Que sua vontade realize
Influenciam os corruptos
Bajulam os nobres
E destroem os pobres
por mais simples deslize.
Seus chicotes ecoam
Com brados estridentes
Ao povo acoa
É como o rato e a serpente.
Tal qual parasita
Que suga a vida
Já tanto sofrida
Do pobre sem dó
Que morram de fome,
Que vivam sem nome,
Que jazam na terra,
Que se transformem em pó.
Não tens compaixão
Do povo que geme
Sem cobre, sem pão
De fome já treme
E tantas vezes sem ter
Nenhuma assistência
Nem auxílio ou clemência
À míngua eles tombam
Ante os olhos dos tais
Desgraçados feudais
Que pior que chacais
vocês desprezam, zombam.
Aqui eu não falo
Dos tempos de outrora
Simplesmente relato
Os tempos de agora
Pois hoje ainda existem
Os senhores da terra
Com seus prados e serras
De infinito esplendor
Bajulando os nobres
Devorando os pobres
Arrancando seus cobres
Sem pudor, sem amor.