O mala
Ele era estranho, esquisito, confuso.
Chegou a comentar numa rodinha:
“Prefiro dividir picanha a que roer osso sozinho”
O cara era mesmo maluco.
Nem todo mundo pensava como ele.
Seu relacionamento estava no fundo do poço.
Os amigos começaram a olhar a mulher dele.
Ela era um pedaço de mau caminho.
O sujeito a achava feia; era um mala!
Algum tempo depois ficou sozinho...
Amancebou-se com uma pirigueti.
Seis meses depois, arrependido, foi ter com a sua ex-feia.
Chorou, e lhe disse que tinha feito à besteira de sua vida.
A gata já estava em outra, e lhe respondeu:
Eu prefiro roer osso sozinha a que dividir carne estragada...
Portanto, vai cuidar de sua piranha,
Pois, tem urubu comendo sua picanha.