OLHAR CANSADO
OLHAR CANSADO – 14/01/09
Achava certo nadar
Não contracorrente das águas.
Era ilusão!
O tempo fechou
Vejo apenas cinzas.
Não há saída
O povo continua espoliado
Indiferença global.
A roça secou
A minha garganta emudeceu.
Choro! Ergo meu canto de lamento.
Para os ricos, tudo azul,
mas eles ainda estão verdes
e nos amadurecendo à força
e o trabalho é mais uma forca
somos tratados com gado
numerados para o matadouro;
não estamos prontos, morremos.
Embora desesperados, ainda
Somos lição de esperança.
Nossa utopia é viver
Um dia num mundo justo.