Vou sair...
Vou sair...
Abrir o portão
Escutar a recomendação
E me perder na noite
Ela estará quente
Envolvendo a gente
Envolvendo tudo
Pelas ruas do centro
O centro do perigo
Não fornece abrigo
Nem mesmo para os seus
Oferece a lua entre os edifícios
E a intermitência dos neons
Colorindo os vícios
Nas camas-calçada
Gente maltratada
Odores de miséria
...E os carros velozes
Anônimos algozes,
Símbolos dessa era...
Como pode estar tudo oficial?
Tudo bem aceito?
Banal! Natural!
E quando algum senso
Ou mesmo um esboço meu
De envolvimento se estabeleceu...
Acordei a tempo!
Foi só um cochilo que me relaxou
Eu estava em casa
A salvo do horror.