Reconstrução
Construção, Construção.
Não deixar pedra sobre pedra é praxe? Pergunto.
Não quero por uma sobre o assunto,
Mas podemos levantar paredes já que estamos com quatro nas mãos.
Queria ser uma pedra no sapato,
Estorvo.
Naquele estágio,
Ave de mau presságio... O corvo,
Redator do "O Povo"
Alfabeto de sangue, cada letra um pingo.
Quis o verso mais ácido,
Firme como um tom de Plácido...
Domingos,
Jingle... criminal.
A palavra dura.
Abalar as estruturas,
Como um tremor de nove graus,
Caos?
Matéria-prima.
Otimismo desabrigado,
Olhei pro meu legado.
Só havia ruínas.
Em meio aos escombros,
Ergui quatro paredes, bati a laje.
Pro clichê dei de ombros,
Mudei o tema da mensagem,
Viagem...
Fatídica,
Crítica... Que destrói.
Nem todos são corruptos na política,
Assim como nem todos são honestos entre nós,
Oscilando entre contras e prós,
Me contradisse,
Eu sei.
Aqui não é o país maravilhoso de Alice,
Mas desfilamos nas ruas de barro nossos tênis Made In USA.
Não é se contentar com migalhas,
Mas agente só malha... Nunca alivia.
Mau agouro,
Em coro... Ritmo e poesia.
Não sou advogado do diabo,
Ele é feio como se pinta.
Mas nem todo hospital é macabro,
Na polícia ainda há gente distinta.
Mas não! Tudo bom e nada presta,
motivo pra festa... Não há.
O mesmo que assim contesta,
Fim de semana desembesta,
De bar em bar.
Mas se a esperança é a última que morre,
Quando passar o porre... Talvez a distingua.
Quando tiver a palavra, quem sabe ela não escorre,
Por tua língua.
A mão que bate também afaga,
A boca crítica rasga... Elogios, da sugestões.
No canteiro de obras há vagas,
Sim, aponte os erros, mas também traga,
Soluções.