NOSSO PARQUINHO
Jorge Linhaça
 
Balança a menina, pra lá e pra cá...
Balança da vida, quem pode pesar?
Balançam as vidas, um cá, outro lá.
Balançam as folhas no seu farfalhar.
 
A gangorra no seu sobe e desce,
os poços de areia, só diversão 
as "Gomorras" do " dá ou desce"
os mares de lama da corrupção.
 
As "jaulas" do parque, subir e descer,
brincadeira gostosa de criança...
As barras do presídio a não conter
quem do povo rouba a esperança.
 
No parque infantil, há tanta alegria,
crianças correm, saltitantes, felizes,
No "playground" da vida, que ironia:
não voto mais nesses filhos,
 só nas suas "mãeretrizes".