"A Vaidade é Cruel."

Certo dia, um irmão meu,

Mestre da Maçonaria,

Cunhou uma afirmação,

Com muita sabedoria,

Que ficou na minha mente

E volta constantemente,

Sendo de Grande Valia.

Ali, o irmão dizia

Que é impressionante

Como nos endividamos

E como é interessante:

Os que têm consciência,

Que primam pela descência

Com rótulo de ignorante.

O que se vê todo instante,

Na conjuntura atual,

É gente dando calote,

Achando isso normal

E a juventude vaidosa

Na propaganda enganosa

Da mentira social.

Os donos do Capital

Fomentando a ilusão

Do consumismo perverso

Que traz a destruição.

E a vaidade cruel

Ilustrando seu painel

De dor e corrupção.

As pessoas querem ser

Como artistas de novela,

Acham que é possível ter

Tudo que se vê na tela.

E aí, se tornam banais,

Enquanto cada vez mais,

O mundo se desmantela.

Mas tudo deixa sequela,

É só esperar pra ver.

Aliás, é previsível

O que vai acontecer:

Se não mudarmos o curso

E ajustarmos o discurso,

O mundo vai se perder.

O que é preciso fazer

Em tese, todos sabemos:

Gastar menos, reciclar

O ambiente em que vivemos

E fugir da vaidade

Pois, nossa necessidade

É do tanto do que temos.

Quando a pessoa tem menos.

Acha que deve ter mais.

Quando tem muito, não sabe,

Com a riqueza, o que faz,

Mas quem tem pouco e tem Deus,

Atende a si e aos seus,

Sua fortuna é a paz.

Lembro que, tempos atrás,

O mundo era mais suadável,

A cultura, mais sadia,

O povo, mais responsável,

E, como a bíblia declara,

Educava-se "com a vara",

Banindo o inaceitável.

Claro, não sou favorável

À tortura e ao regresso,

Mas onde não houver ORDEM

Tampouco haverá PROGRESSO.

Estimo a evolução,

Mas, sem esculhambação,

Pois, assim, é RETROCESSO.

A vaidade não leva

A lugar nenhum, amigo.

Tenho refletido nisso

E portanta, é que te digo:

Quem faz tesouro na terra,

Diz a bíblia que só erra

E esse é nosso erro antigo.

Eu sei que nem sempre sigo

O que de bom aprendi

Com meus avós e padrinhos

Quando a seu lado vivi

Mas a saudosa memória

Reporta sempre a história

Deles, que não esqueci.

Sei que do tema fugi,

Mas foi por necessidade.

Agora, lembro meus pais,

Que com toda humildade,

Me educaram com fé,

ensinando que o bom é

TRABALHO E HONESTIDADE.

Quando falo em vaidade

Lembro que minha mãe diz

Que, quem não tem ambição

Vai viver muito e feliz.

Meu pai também dá exemplo

Pois, fez do trabalho o templo

Onde o homem é aprendiz.

O desabafo que fiz

Termina numa oração

Pedindo ao pai soberano

Que estenda sua mão

Ante a todo que padece

De vaidade e estresse,

De maldade e ambição.

Fábio Luiz.´. (10.06.2008)

Fábio Luiz
Enviado por Fábio Luiz em 19/01/2012
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