Rastros de sonhos
Rastros de Sonhos
E corrompeu-se o coração dos homens...
Cristalizou-se na articulação do metal,
Brilho reluzente a atrair a sanha incontrolável
Da ganância e do poder.
E corrompeu-se também a vida dos homens...
Rumam por caminhos diferentes,
Onde grandes massacram pequenos,
E passam indiferentes por cima daqueles
Que vivem desarmados de bens materiais.
E passam pisando por cima
Dos estilhaços humanos
Que ficam espalhados no chão.
Pisam firme, pisam forte,
Sobre as botas do autoritarismo,
Sempre abrindo feridas
E pisoteando nossos sonhos.
Sonhos... estes jazem adormecidos,
No rosto dos fracassados.
Calam-se nas lutas perdidas
E só ficam olhando a poeira,
Da estrada que não lhes deu guarida.
Sem nada, apenas estendem os braços
E recebem migalhas, promessas,
E ainda sorriem ao fracasso,
Troféu amargo, desses pedaços de vida