Sem razão.
Vejo a mulher de alma nua,
leva no fardo profunda tristeza
seu olhar perde-se num tempo.
Falta censura circula pela rua,
sob os olhares de reprovação.
É mais uma mente, que vacila,
que leva da vida apenas ilusão,
que um dia sorte a lhe faça visita,
que acabe com toda frustração.
No seu mundo há desencanto,
na voz apenas triste lamento,
que lhe acompanha num pranto,
numa nudez do discernimento.
Ela fica neste vai e não vai.
Sem um teto apenas agradece.
Sobre o viaduto a noite cai,
sob o jornal sonha e adormece.
Quem é ela?
Toninho.
09/01/2012