CRIANÇAS DE RUA

Crianças de rua abandonadas, sem presente e sem futuro, dormem nas frias calçadas.

Meninos que no jogo da vida, perderam toda a inocência, e não têm casa ou comida.

Crianças que não freqüentaram escola, aprenderam na escola da vida, roubam, enganam, cheiram cola...

Marginalizadas e tristes, pensam, imaginam coisas. Será que o amor existe ?

Mergulhadas num mar de ilusões, as crianças deprimidas e drogadas,

Trazem na mente feridas, no corpo deformações. Vícios irrecuperáveis,

Mutilações no caráter são como feras indomáveis que na ânsia de viver,

Agridem, fazem coisas inexplicáveis para de fome não morrer.

Filhos de pais irresponsáveis, não pediram para vir ao mundo.

São crianças pobres e miseráveis. Crianças famintas que choram,

Nas tristes madrugadas frias, a desesperança do agora.

Com incerteza no futuro, imaginam uma vida melhor,

Num lugar limpo e seguro, onde possam aprender um ofício.

Estudarem com dignidade, ficarem distantes do vício,

Suas vidas modificar, serem mais úteis a si mesmas,

Ganhar o pão, trabalhar.

Esquecerem todo o passado, aprenderem um pouco a amar,

Viverem no mundo sonhado, neste (imenso) país Continente,

Serem Crianças-Esperança, as crianças também são gente.