Prisão imaginária

Trago nas mãos o beijo tácito.

Rasgo com os dentes o amor explícito egoísta.

Caminho como quem vaga em um labirinto, pois

não entendo bem os porquês de tanta crueldade.

Quem sabe busque a felicidade em um bosque verdejante,

ou no conforto do meu lar, ou no luar.

Mas a verdade é que na vida há mais siso que riso,

há mais desventuras do que venturas.

E vejo a imagem, bela tela viva, querendo transformar-se.

Entretanto sua moldura imaginária não permitirá a transfiguração

necessária à evolução do ser.

E enfim, o amor esperado será mais uma vez renegado

por quem tanto precisa crescer (por nós mesmos).

Guilherme Queiroz
Enviado por Guilherme Queiroz em 04/01/2012
Reeditado em 16/12/2014
Código do texto: T3421766
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.