O cesto do mundo
O país é o sexto do mundo
Quem sabe um cesto
Um balaio de gatos
Com pontos fracos de submundo
Das coisas boas a demorar
Quando nos chegam nem tem mais graça
E não se sabe o quanto
Foi contingência ou foi trapaça
De casos dantescos
Com cara, fatos e endereços
E enxurradas de apetrechos
Ilegais mas de direito ou legais, mas pelo avesso
Aos trancos vamos aparecendo
Como âncora de telejornal
De terno em cima
E em baixo informal
Casa e comida sem hospital
Carros sem estrada
Fábrica sem técnicos para trabalhar
E mais impostos para pagar
Sexto no produto interno
E nos demais só bruto
Porém, antes isso a aquilo que já foi
No trato com seus bois
Pelo menos é fato novo
Positivo para o povo
Sempre a ver nas mãos de sempre
Mas de um jeito diferente
Um progresso contundente
Radical e categórico
Geral e não excludente
É alegórico, certamente...