INÍQUA REALIDADE

Imerso nesta iníqua realidade

Deste sono moribundo

Visto à caráter este traje

De estado de transe profundo

Onde outrora me isento, me escondo

Fingindo não saber a verdade

Alienado estou deste mundo

Corrupto em minha sobriedade

Ainda que num suspiro último

De ser o que almejei no passado

Encontre em mim o afago

Em meu âmago dilacerado

Despir-me-ei deste traje imundo

Libertar-me-ei um dia deste fardo

Onde receio viver sonhando

Ou talvez, de morrer acordado.