“Lã, barbante, linha, corda, varal, corrente e cabo de aço”

A linha do tempo é sábia, deixando a história cumprida, fazendo da névoa atrevida pulsando no feixe de luz.

Inauguremos por elo próprio um tempo atemporal vestido de vento... Dependurado nas linhas a beira de cair numa tarde bela, num descanso na rede ou num prato de cuscuz.

Cada um prossegue os passos já passados, remontando lojas de sonhos, inaugurando o doce de cada mel e retirando denovo um novo véu.

O peso é a gente quem manda, mas o ritmo de tudo e da nossa banda o vento quem sopra e a gente como que adivinhando, começa chamando e acaba na voz que convoca os parceiros da tropa esperanto de tanto só. A esquina reluz... Pela pele quente a mão fria arrepia, nos lembrando de pegar nossa cruz.

Nesses fios de meio dia, de meio palmo e de meio mundo a gente chega à ponta do céu.

Tiago Ortaet

14/11/2006