A Gente, desejo
Por que para alguns consolo
e para outros olhares?
Por que para poucos água-com-açúcar
e para muitos deleite?
Por que para privilegiados colo
e para os desfavorecidos braços?
Olhares
Olhares
Olhares
Que todos fossem cegos
ou que enxergassem, as gentes,
como gente que sente, todas
as gentes!
L.L. Bcena, 16/08/2000
POEMA 613 – CADERNO: INSTANTES.