Marte ou África?
Não, não sou nada de mais
E nem do além do mais
Apenas sou aquele mais um
Que caminha com a mente sôfrega pela cidade
Tropeçando e pecando
Errando e dando cambalhotas pra viver
Não, não sou isso tudo
Ainda sou “apenas” ou “simplesmente”
Sou aquele que abre um jornal
E se entristece com a maioria das páginas
Que chora com uma cena de novela
E com a quantidade a menos de pão
Que pessoas pelo mundo
Sou mais um que acha
Que não se precisa gastar tanto dinheiro
Para chegar até o virgem Marte
Sendo que a estuprada África está bem mais perto