A CARA DA SOCIEDADE DE HOJE EM DIA
O olho
Não vê,
Nem lê.
O que colho?
Diz ela alienada
Vendo apenas o status
Que é como cacto,
Deixando-a mal amada.
Qual pedra
Que ficou no caminho,
O som do pinho
Medra.
Não captando o ouvido
Mouco,
Oco,
Ensoberbecido.
A boca destila fel,
Retórica
Caótica,
Imprimindo labéu.
Mãos cheias de espinhos
Edificando sem prumo,
Buscando débeis insumos,
Regadas a muito vinho.
Pés que caminham a esmo,
Cambaleantes,
Tratantes,
Amigos de si mesmo.
É a cara da sociedade
De hoje em dia,
De efêmera alegria,
Sem solidariedade.