A CARA DA SOCIEDADE DE HOJE EM DIA

O olho

Não vê,

Nem lê.

O que colho?

Diz ela alienada

Vendo apenas o status

Que é como cacto,

Deixando-a mal amada.

Qual pedra

Que ficou no caminho,

O som do pinho

Medra.

Não captando o ouvido

Mouco,

Oco,

Ensoberbecido.

A boca destila fel,

Retórica

Caótica,

Imprimindo labéu.

Mãos cheias de espinhos

Edificando sem prumo,

Buscando débeis insumos,

Regadas a muito vinho.

Pés que caminham a esmo,

Cambaleantes,

Tratantes,

Amigos de si mesmo.

É a cara da sociedade

De hoje em dia,

De efêmera alegria,

Sem solidariedade.

Tinto Marques
Enviado por Tinto Marques em 28/11/2011
Código do texto: T3361605