PORQUE SERÁ?
A cidade dorme, num sono profundo.
Lá fora...
Amanhece rapidamente
Corre uma brisa, que nos desperta,
Do torpor do sono
A azáfama, começa de repente
A correria...
Toma conta das nossas vidas
Absorvendo-nos, engolindo-nos
Mais uma vez…
Esquecemos o que nos rodeia
Nem sequer, olhamos para o lado
Não temos tempo!?
Ou simplesmente, não queremos ver...!
Ali! Alguém que pede esmola
Acolá! Uma criança abandonada
Mais abaixo...
Um sem-abrigo
Que há muito, perdeu a esperança
É assim na minha cidade,
Em todas as cidades,
Em todos os lugares,
A história repete-se
Esquecemos sempre,
O que se passa à nossa volta
Como se não víssemos
Ou então...
Pura e simplesmente ignoramos...
Estaremos cegos...!
Ou à nossa volta,
Criamos uma barreira glaciar,
Que nos gelou…
E nos tornou insensíveis...!?
Porque será?