Destempero
Eterno sufoco
Desse mundo oco
Em que tudo que se faz
Pede-se logo o troco.
Intensa aflição
Nas rédeas do coração,
Pois o erro não tem misericórdia,
Nem perdão.
Imensa covardia
Ocorre no dia a dia,
Proibi-se o sonho,
E assassina-se a fantasia...
Catástrofe alucinante
Desenha-se em cada semblante,
Parte-se o paraquedas,
Nada é mais como antes!
Data vênia vida opaca!
Em cada vintém que se cata
Deixa-se no lixo um homem nu...
É que a existência já não é pacata!