Destempero

Eterno sufoco

Desse mundo oco

Em que tudo que se faz

Pede-se logo o troco.

Intensa aflição

Nas rédeas do coração,

Pois o erro não tem misericórdia,

Nem perdão.

Imensa covardia

Ocorre no dia a dia,

Proibi-se o sonho,

E assassina-se a fantasia...

Catástrofe alucinante

Desenha-se em cada semblante,

Parte-se o paraquedas,

Nada é mais como antes!

Data vênia vida opaca!

Em cada vintém que se cata

Deixa-se no lixo um homem nu...

É que a existência já não é pacata!

Dalva de Oliveira
Enviado por Dalva de Oliveira em 14/11/2011
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