INDUSTRIA, O INFERNO CAPITALISTA.

Preso em um inferno de concreto e aço,

Procuro um escape de tudo que faço,

Este inferno que tem por diabo a corporação,

Onde seus empregados assinam um trato,

E vão trabalhar em troca de assolação.

Neste seol, os lucros é que mandam,

E os pobres prisioneiros só reclamam,

Mas depois de determinada a sentença,

Aceitam friamente a sua punição mensal,

E os demônios ou chefes gozam da bonança.

Estou cansado de toda essa exploração,

Não quero só aumentar um pouco a ração,

Quero é uma total libertação dessas grades,

Quero poder escolher o meu destino de vida,

E se preciso for recorrerei aos frades.

Que um messias surja, por favor, eu rogo,

Desse purgatório capitalista nos livre logo,

Traga um céu igualitário onde eu possa descansar,

Uma vida liberta dos domínios desse sistema,

Sistema terrível que ao pobre só faz atormentar.

Um dia eu espero poder respirar tranqüilo,

Ter mais que uns minutos para almoçar a kilo,

Espero receber um salário justo e honesto,

Pelo menos possa livrar meus filhos desse destino,

Se não for assim, no minimo um enterro modesto.