Pra eu ser um asno, só falta as penas
Acho que não sirvo pro papel da vida,
Se não fosse tão ruim, talvez servisse,
Sou só uma alma meio desajeitada,
Pois, não achei a piada engraçada,
E a televisão mandou que eu risse.
Eles devem saber o que estão fazendo,
Afinal, têm acesso a meio mundo;
Além disso a comédia é importada,
Outra nação está preocupada,
Que eu absorva seu saber profundo.
Até gravam alacridade yanke,
Para que eu saiba onde tem graça,
Mas há um deley, falta sintonia,
Servem seus coquetéis de alegria,
E nem me intonta, essa cachaça.
A sorte eu pisar no terceiro mundo,
Com minha carência intelectual,
Se eu lá fosse pleitear por conforto,
Me deportariam do aeroporto,
Sob o libelo de indigência mental.