ANÁRQUICO POETA DO SEU DESTINO (O ESCREVEDOR DE DESTINO)

Este poema é dedicado ao poeta Carlos Barros a pedido da amiga Gislane pela passagem de seu aniversario.

ANÁRQUICO POETA DO SEU DESTINO

(O ESCREVEDOR DE DESTINO)

Quando o primeiro segundo

De insana sã sanidade

No mundo nasceu

Segundos depois nasci o poeta

Com todas suas farpas e palavras indigestas

E só muitos séculos depois criam Deus

Para a salvação dos seres contraventores

Que viviam felizes a luz da sombra

De suas mediocridades.

Houve tempos de sombras e trevas

Sangue e torturas

A palavra CALOU!

E o poeta hibernou por muitos invernos.

Silencio!

Trovões! Relâmpagos! Tempestades!

Terremotos! Maremotos!

A face do mundo como num vomito

Regurgita o poeta para novos tempos

Que ferve âmago adentro da vida

E a palavra toma forma, cresce

E multiplica-se mais que instantaneamente

E novamente o poeta é perseguido,

Preso, torturado e enclausurado

Por não ser compreendido.

Mas de seu cárcere

Ele lançava sementes e lamentações ríspidas

Ao vento soturno das noites

Que ao caírem no solo germinavam

Com tamanha vontade de gritar

ARAMES FARPADOS E CACOS DE VIDROS!

Aos seres mortais que ainda hasteiam

A bandeira da mediocridade.

É inverno ainda para os seres

E a luz acesa esta a portas fechadas E só.

E a paisagem do mundo no frio causticante

Ressecou as pupilas da liberdade.

E lá fora no meio da multidão

A palavra se mistura aos passantes.

Poetas insurgentes livres nas ruas!

Polinizando poesias!

Arando a terra infértil para a palavra!

Na escuridão do ser!

Na mediocridade da vida!

Para os seres ainda cegos!

O poeta é um incrível pássaro

Que voa em altitudes inimagináveis

Através dos tempos a escrever seu destino.

Sinquê D’Mello, Rraimund Hazullw, Anna Voegg, Psar Martins, Ysac Nunes Faustino, Mary Dom, Herculano Dubenvindo

(Poetas do Churume Literário)

Parabéns Carlos Barros!

Marituba, 28-10-11

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 01/11/2011
Código do texto: T3311858