Merda Alheia

Olhos vermelhos, não olham para os lados

Abertos vermelhos, relatam loucura

Ali na esquina, perdido na rua

Mesmo aberto , se sente na escura.

Porra, fissura, em meio as putas

Zona de vida que só perturba

Sua armadura no vento flutua

Se não e fiel o guerreiro se afunda.

E quem se julga na merda profunda

Se sente sempre como um zé bunda

No corredor, pesa o Senhor

O seu amor, não a sua cor

o oprimido virou, opressor

O que oprimia, foi afogado na pia.

Enquanto a Tia sobe o Morro

Suor, sufoco, latinha da troco

Não e muito como seu ouro

Mas meu Tio, tambem não e touro

Enterra tesouro, colhe desgosto

Mulher vadia, Pai um corno

Madama de jóia de A3

La na esquina tem vários freguês

Faz faculdade de direito

E prostitui no meio tempo

Para se manter

Precisa fuder

Cinco por noite

Já da para ter

Especial, cartão de credito

No outro estado seu pai e medico

Manda dinheiro do Paraná

Para republica poder pagar

Mal sabe ele que sua filha

Gasta bem mais do que ele dá.

Arisca se pá

Pegar uma doença

Porque a nota

Sua única Crença

Faz o presente

Esquece o passado

Miséria de espírito é herdado

Por outro lado

Já to cansado

Todo este papo saturado

Não tem família como abelha

Sua vida, uma merda alheia

guido campos
Enviado por guido campos em 29/10/2011
Código do texto: T3305605
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