O teatro das sombras

Meu pequeno feito organizado por imperfeição

Infectado, transmissor da seriedade.

Quem dera Pudéssemos sonhar sendo ainda inanimados

E que a realidade fosse algo nada natural

Há entre mentes e rissos

um teatro montado por sombras.

Os insetos que nos criaram são os meus que comemos

Implacáveis descuidados.

Nos tornaram mortos vivos sem ao menos existir

Nosso fado terminou em tragedia

ao mesmo tempo que os aplausos tocaram o acústico da sala

Enquanto as cortinas se fecham me escondo

e da janela

vejo marionetes desfilando entre todos os prédios

Seres inanimados caminhando

, natural.

Há entre pautas e notas

Uma harmonia criada por nós

Sombras frias imitadoras

Sem uma triste e moribunda vida, contadoras de História

Inventoras de um roteiro inexistente para a mente,

quente e possuída

As regras sólidas das estátua

No escuro de um esgoto

Montamos um palco e um picadeiro

O encarnado do veludo

já não nos importa

e nem se fecha mais.

Thaísa Yukari
Enviado por Thaísa Yukari em 25/10/2011
Reeditado em 29/03/2012
Código do texto: T3297702
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