Ao Senhor do Universo
Ao Senhor do Universo
Ao Supremo Senhor do Universo
Eu peço, neste meu humilde verso
P’ra teus filhos, uma grande mudança
Já no albor da manhã, e sem tardança
De lágrimas tristes de fome e sede
Dá-lhes água e pão, nada te impede
Tu. Bens não lhes deste, mitiga a fome
Que corrói a matéria e seu abdome
Jazem Teus filhos no chão ou em leito
A morte pousando no frígido peito
Restam bem poucos, dos fortes que vi
Conceder-lhes pujança, depende de Ti
Aos filhos da terra, àquele que governa
Orienta-o Senhor, que em tua cisterna
Há água, pão, misericórdia e fervor
P’ra dar a quem tem sede, fome e amor
Que distribuam o pão de cada dia
A ganância desmedida é ousadia
Temos irmãos na África desnutridos
Moscas pousados nos olhos e ouvidos
Verdadeiros esqueletos em movimento
Enquanto nações jogam milhões ao vento
Em armas nucleares para armazenar
Potencial que não pára de aumentar
Dá-lhes o senso bem claro e reto
Capaz de discernir o que é correto
Na natureza humana, no bem comum
No grave momento, que fazem jejum
A situação, é premente e dolorosa
A saúde dessa gente é pavorosa
Se o socorro não chega, a morte vem
E leva aos milhões, quem nada tem
Que distribuam sem falta pão à vontade
A cruz vermelha tem capacidade
De suprir a fome e a sede daquele povo
Dêem-lhes pelo menos pão e ovo
Não os deixem morrer à míngua de fome
Porque esta, seus corpos já consome
O universo é rico, só não é generoso
Deus ! Ensina teu povo a ser virtuoso !
São Paulo, 20/10/2011
Armando A. C. Garcia
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