São Gente
São gente, fustigada pela noite, em um teatro de opressão
Ao papel, se tornam letras e palavras, frio e um desejo, são
e, talvez, serão Ainda são povo, são gente Perdidos,
ao soar do não, no caos, procura-latino-americana
São mulheres São homens São crianças Apenas são
É lixo a circular no mercado, somos, sem direito,
espelho que se perde a cada distancia e a cada pagamento
Somos, sem direito, uma fila de gente, apenas, a esperar
Possivelmente seremos, por ora, somos papel E o papel
se perde, se vai, fica velho, é hora de ser gente.