São Gente

São gente, fustigada pela noite, em um teatro de opressão

Ao papel, se tornam letras e palavras, frio e um desejo, são

e, talvez, serão Ainda são povo, são gente Perdidos,

ao soar do não, no caos, procura-latino-americana

São mulheres São homens São crianças Apenas são

É lixo a circular no mercado, somos, sem direito,

espelho que se perde a cada distancia e a cada pagamento

Somos, sem direito, uma fila de gente, apenas, a esperar

Possivelmente seremos, por ora, somos papel E o papel

se perde, se vai, fica velho, é hora de ser gente.

Gabriel Furquim
Enviado por Gabriel Furquim em 18/10/2011
Código do texto: T3284763
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